quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aconteceu a Oficina de Pães


Hoje em dia está havendo um movimento de resgate do simples e natural, uma verdadeira busca de resignificação de valores alimentares e de qualidade de vida. Há uma maior consciência em torno da alimentação que vai além daquele banal “isso não pode” – “isso pode”, “isso é proibido” – “isso foi reabilitado”. Trata-se de uma busca pelo sentido, o alimento pela sua função mais primordial: trazer saciedade para o corpo, para a mente e para a alma.

Houve um tempo, que, aliás, se prolonga demasiado, em que o alimento inverteu seu significado: de segurança, acalento, revigorante passou a inseguro, proibido e até veneno. Já ouvi muita gente dizer que, ser for ver mesmo como as coisas são feitas, não comeria mais nada.

Mas antes desse tempo de insegurança e desinformação, o alimento era considerado remédio também. A cura dos males se dava por dietas e as dietas eram naturais e integrais. No entanto, para dar respostas rápidas ao mundo que acelerava, a indústria criou alimentos visando especialmente o processo produtivo e depois a agilidade no seu preparo. Como resultado, alimentar-se virou um ato mecânico de ingerir “coisas” vitaminadas, reconstituídas, parbolizados, enriquecidos, desengordurados, descafeinados, e uma infinidade de des- e –ados que fica até difícil achar uma árvore que dê aquilo. Nasceu aonde? Num laboratório.

Parece até que não conseguimos mais viver sem esses apetrechos: leite de caixinha, óleo de canola, gordura hidrogenada, açúcar e sal refinado. Tudo branquinho, bonitinho, vaziozinho. Não importa tanto se for transformado em caloria, em poucas calorias, claro.
Cláudio na sua exposição

Então, quando soubemos da oficina de pão integral que o Cláudio Lourenzo dá em São Paulo, um nome que passa pelo mailling do SlowFood dessa cidade, fomos entender o que era e, na seqüência, com muita ansiedade, marcamos uma oficina aqui em Gonçalves.

Tudo pronto para começar
 

Pão integral artesanal e Gonçalves, tudo a ver. Qualidade de vida na origem da vida: o pão da vida, que alimenta a alma porque é de verdade. O grão sagrado, trigo integral – e não reconstituído, diga-se – que faz o alimento arquimilenar. O que é saudável não engorda, tenha certeza. O que faz mal à saúde é o estresse, isso engorda, dá excesso de açúcar no sangue, prende o intestino, provoca acidentes vasculares. Para uma vida boa, um alimento bom. Integral. Resignificado.
mão na massa

vai crescer...

Afora isso, a oficina foi linda. O encontro foi marcado nas estrelas. E Lourenzo e sua assistente, Sandra, foram generosos como o pão que fazem. Obrigada mesmo pelas dicas e mão na massa!!!!

Em tempo, contamos com participantes pra lá de gracinhas que estão voltando para suas cidades com um novo saber nas mãos. Da Mantiqueira para a Serra dos Órgãos, o que nos une além da geografia, agora, é o compartilhar o pão!

Um comentário:

  1. Fer, vc devia divulgar mais esse tipo de evento! Muita gente curti isso!!!!!!
    bjo.

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